07/06/2019 09h24 - Atualizado em 07/06/2019 12h00

Incaper e Sejus discutem ressocialização a partir da agricultura

Uma parceria entre o Instituto Capixaba de Pesquisa, Assistência Técnica e Extensão Rural (Incaper) e a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) pretende elaborar um programa de ressocialização de presos a partir da agricultura. As discussões estão sendo conduzidas por equipes interdisciplinares compostas por profissionais das duas instituições. 

O objetivo é desenvolver atividades agrícolas nas áreas disponíveis como forma de reintegrar os internos do sistema prisional capixaba ao convívio social.

Para o diretor-presidente do Incaper, Antônio Carlos Machado, a parceria é muito promissora. “É a prova do poder de transformação social da nossa agricultura, e ninguém melhor do que o Incaper para viabilizar conhecimentos técnico-científicos neste sentido. Faz parte da nossa missão promover soluções tecnológicas e sociais visando ao desenvolvimento do Espírito Santo”, disse.

Já o secretário da Justiça, Luiz Carlos Cruz destacou o grave problema de superlotação no sistema carcerário. “Manter uma pessoa presa 22 horas por dia agrava o clima de tensão dentro do presídio. O que buscamos é oferecer atividades que possam ocupar o preso, e que possam gerar emprego e renda, tornando o sistema penitenciário do Espírito Santo mais sustentável. O Incaper tem sua reconhecida expertise nas ciências agrícolas, na produção rural. É uma vantagem para a Sejus poder contar com uma instituição de excelência no nosso Estado”, afirmou.

Os projetos técnicos serão elaborados considerando a necessidade de capacitação profissional dos presos com vistas à ressocialização, a aptidão das áreas disponíveis, a adequação das culturas, a necessidade de mão de obra para a implantação e condução de lavouras nas Fazendas Experimentais do Incaper, e a sustentabilidade do sistema carcerário capixaba.

“O maior gasto que temos hoje é com alimentação. A ideia é montar um restaurante industrial futuramente nas unidades, garantindo autossuficiência no sistema prisional. Por isso, é interessante que sejam cultivados os alimentos que são consumidos nas unidades”, disse Roberta Ferraz, subsecretária de Ressocialização da Sejus.

O Incaper já tem uma proposta de aproveitamento das áreas agricultáveis na Casa de Custódia de Vila Velha (Cascuvv), e uma experiência exitosa desenvolvida no município de São Mateus. Agora, os trabalhos devem ser ampliados, e abranger outras unidades prisionais do Estado.

“A agricultura contribui para a ressocialização há muito tempo, pois prepara o apenado de forma legal e justa para a liberdade. O objetivo é viabilizar condições, por meio da agricultura, para permitir que o egresso do sistema penitenciário siga um novo caminho”, apontou Cássio Vinícius de Souza, do Incaper de Guarapari, um dos responsáveis pelo trabalho.

Texto: Juliana Esteves

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