10/06/2019 16h14

Sejus apresenta palestra “Crime não compensa” em escola municipal da Serra

Conscientizar crianças e adolescentes de que o crime não compensa. Esse foi o tema apresentado pela Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) aos alunos da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Prof. Valeria Maia Miranda, que fica localizada em Vila Nova de Colares, na Serra.  O objetivo do trabalho é mostrar as causas e as consequências que levam à criminalidade e que é possível fazer boas escolhas para seguir um caminho longe de práticas ilegais.

O assunto foi apresentado nesta segunda-feira (10) por técnicas da Gerência de Educação e Trabalho (GET) da Sejus e por internos que puderam compartilhar as histórias vividas dentro do ambiente prisional. Crianças e adolescentes entre 11 e 18 anos participaram do evento. A professora de Geografia, Moniqui Vassoler Bayerl, diz que conteúdos como o apresentado faz com que os alunos repensem suas escolhas.

“A defasagem escolar foi o principal motivo em trazer o assunto para a sala de aula. Nosso interesse é conscientizar os alunos que podemos fazer boas escolhas. Que a realidade dentro do presídio é muito diferente da que eles vivem aqui fora e, por isso, é preciso abraçar as oportunidades, se comprometer com o estudo e trilhar um caminho diferente”, diz Moniqui Bayerl.

Regiane Kieper do Nascimento, gerente de Educação e Trabalho da Sejus, ressalta que a ação visa a mostrar que o crime não compensa com base em relatos de quem vive essa realidade dentro do sistema prisional.

“As consequências para quem cometeu um crime são muito severas. O relato do próprio preso mostra isso. A palestra tem o objetivo de fazer com que crianças e adolescentes entendam que ingressar na criminalidade envolve muitas perdas. Para os internos, participar das palestras representa um novo passo a ser dado para a reinserção social e uma valiosa contribuição para a sociedade”, diz Regiane Nascimento.

Experiências

Claudio Hilário foi preso em 2011 e viu sua vida mudar por completo após cometer um crime. Ele diz que abandonou sua carreira como atleta e professor de artes marciais por causa do vício em drogas. Durante sua apresentação, ele faz um alerta: “o crime não compensa”.

“Esse é um momento em que vejo a possibilidade de transmitir para esses alunos a dor que eu sinto hoje por ter perdido a minha liberdade, para que eles não passem pelo que eu passei. Podemos fazer boas escolhas. Na cadeia, passei a repensar minha vida e quando eu sair do sistema, pretendo voltar a dar aula de artes marciais como antes, em um projeto social. Quero contar minha experiência para afastar crianças e adolescentes da criminalidade”, diz Claudio Hilário.   

Renato Costa de Souza, preso há 2 anos e meio, diz que ao ser preso passou a dar valor as pequenas coisas da vida. “Estar privado de liberdade, longe da família e das coisas que gostamos só reforça o conteúdo que apresentamos aqui. Hoje, valorizo muito mais as pequenas coisas da vida”, diz.

O projeto

O projeto “Re-formando Vidas”, desenvolvido pela Sejus desde 2013 tem o objetivo de realizar a manutenção e reforma de espaços utilizados pela sociedade por meio de mão de obra voluntária dos internos do sistema prisional.  O projeto atende, especialmente escolas e instituições filantrópicas. Um outro viés trabalhado dentro do projeto é a palestra o “Crime não compensa”. Desde 2013, mais de 900 internos já atuaram no projeto, seja com trabalho de manutenção ou com a contribuição de suas experiências em palestras educativas.

No início deste mês, o assunto também foi trabalhado na Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Almirante Barroso, em Vitória. Durante todo o ano, a ação será desenvolvida em unidades de ensino das redes municipal e estadual de educação.

Informações à imprensa:

Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Justiça

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