Detentos cultivam solidariedade com criação de peixes e plantio em Viana
Detentos que cumprem pena na Penitenciária Agrícola do Espírito Santo (Paes), em Viana, têm a oportunidade de aprender um ofício e ao mesmo tempo ajudar instituições beneficentes com o projeto de piscicultura desenvolvido dentro da unidade prisional. Os peixes são criados em um tanque de água natural. Uma das espécies criadas no local é a tilápia, peixe que tem ganhado espaço na gastronomia nacional.
O tanque de peixes também virou uma das atrações para os visitantes da unidade que, além de pescar, também podem levar o peixe para casa. A piscicultura também é desenvolvia como terapia para os detentos, bem como para as crianças acompanhadas pela Associações de Pais e Autistas (Apae) de Cariacica.
Os peixes são alimentados com verduras cultivadas na unidade e ração. Além da tilápia, outras espécies como carpa e tambaqui também são cultivadas.
De acordo com a diretora da Paes, Leizielle Marçal, diversas instituições já foram beneficiadas com as doações. Entre elas está o Instituto Família Feliz, de Viana; Sociedade de Assistência à Velhice Desamparada, de Vitória; o Asilo Avedalma Lar de Idosos e a Associação Resgatando Vidas Missões e Artes, em Cariacica.
As entidades Gabriel Delanne (Osgade) e Cristo Rei, ambas de Cariacica, Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Viana e Cariacica, além da Sociedade Cultural Beneficente Monsenhor Alonso (Lar do Idoso), em Vitória, também recebem doações.
Cultivando a solidariedade
Além da piscicultura, a Penitenciária Agrícola do Espírito Santo (Paes) também reserva espaço para o plantio de verduras, legumes e frutas, tais como alface, couve, salsa e coentro, rúcula, batata doce, milho, aipim, feijão, abóbora, maracujás, entre outros. Todos os produtos também são doados às instituições beneficentes.
Assim como o peixe e a horta, a unidade também investiu na produção de ervas medicinais, que são doadas para instituições sem fins lucrativos que manipulam medicamentos naturais. Manjericão, babosa, cavalinha, melissa, capim cidreira, maracujá e flores estão entre a lista de plantas cultivadas. Ao todo, 30 internos trabalham desenvolvendo os projetos na unidade prisional.
Para a diretora da Paes, o trabalho realizado pelos detentos contribui para a ressocialização. “Na Paes, vemos o preso como um cidadão que deve ser punido pelo erro cometido nos moldes da lei, mas que merece uma oportunidade para mudança. O trabalho que eles realizam é voluntário, mas oferece qualificação. Esse ofício faz com que eles desenvolvam o altruísmo. Ajudando o próximo, eles se veem mais produtivos. Isso traz resultados muito positivos para todos”, diz Leizielle.
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