Onze internos e três servidores da Penitenciária Agrícola do Espírito Santo (Paes) concluíram, na última sexta-feira (02), um curso de capacitação de Rédea Pecuária. O objetivo do curso é aprimorar o desempenho do projeto de Equoterapia, desenvolvido na unidade prisional desde julho de 2015.

A iniciativa oferta, gratuitamente, sessões de Equoterapia para crianças da Apae (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Viana e Cariacica. As crianças são acompanhadas por fisioterapeutas da Apae e por detentos da unidade prisional.

Além dos detentos, participaram do curso a diretora da penitenciária, Leizielle Marçal, o inspetor Eberson Claudio de Lima, e a psicóloga Celeste Gomes. Dois representantes da Apae de Cariacica, parceira do projeto, também fizeram o curso.

A capacitação é resultado de uma parceria entre a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) e o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar). As aulas começaram no dia 26 de fevereiro e foram encerradas na última sexta-feira (02).

Durante o curso, o grupo teve aulas teóricas e práticas com o professor do Senar e veterinário, Cláudio Passamani. O grupo recebeu instruções sobre doma de cavalo, cavalgagem, manutenção de equipamentos e instalações.

A diretora da unidade, Leizielle Marçal, destacou a importância dessa capacitação, que acontece anualmente, para o projeto.

“Não abrimos mão dessa capacitação, pois qualifica a mão de obra dos internos envolvidos, colaborando para o bom desempenho das atividades desenvolvidas no projeto de Equoterapia”.

Equoterapia

A Equoterapia é um método terapêutico que emprega a montaria na reabilitação e no desenvolvimento de pessoas com limitações neuromotoras ou cognitivas. A atividade também promove o relaxamento, desenvolve novas formas de postura, comunicação, socialização, confiança e autoestima.

Os animais usados durante as sessões terapêuticas são recolhidos em rodovias pela Polícia Rodoviária Federal e pela Prefeitura de Viana e doados à unidade. Eles são tratados, alimentados e conduzidos pelos detentos, sob a orientação dos inspetores penitenciários e da equipe técnica da unidade.

Os internos que participam do projeto, cuidando dos animais e auxiliando os fisioterapeutas nas sessões, atuam de forma voluntária e são beneficiados com a remição da pena. Dessa forma, a cada três dias trabalhados, um dia é abatido da pena a ser cumprida.

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Texto: Paula Romanha