Governo promove capacitação de profissionais da educação que atuam no sistema prisional para volta às aulas nas unidades
A Jornada de Planejamento Pedagógico promove reflexões, debates e planejamentos de atividades para aprimorar a qualidade de ensino
Nesta terça-feira (05), os cerca de 3.600 detentos com acesso à educação formal nas unidades prisionais voltam às aulas. Das 35 unidades prisionais do Estado, 30 contam com salas de aula e ensino formal.
Antes de iniciar o ano letivo, pedagogos e professores que atuam nas unidades do sistema penitenciário da Grande Vitória se encontraram na manhã desta segunda-feira (04) para capacitação durante a Jornada de Planejamento Pedagógico (JPP), realizada, também, com professores de toda a rede estadual de ensino. A JPP visa promover reflexões, debates e planejamentos de atividades pedagógicas para aprimorar ainda mais a qualidade do ensino nas escolas.
Hoje, o Estado conta com cerca de 300 professores para todo o sistema prisional e há aproximadamente 3.600 detentos com acesso à educação formal dentro das próprias unidades, cujas aulas retornam nesta terça-feira (05).
A oferta de educação para presos, coordenada pela Gerência de Educação e Trabalho da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), é realizada em parceria com a Secretaria de Estado da Educação (Sedu), que realiza a contratação dos profissionais.
No encontro desta manhã a Superintendente Regional de Educação de Vila Velha, Lenita Santana Muller, apresentou o Novo Currículo do Ensino Fundamental do Espírito Santo, alinhando fundamentos para a atuação pedagógica no sistema prisional.
A gerente de Educação e Trabalho da Sejus, Regiane Kieper, destaca a importância do encontro para as equipes.
“Aproximar-nos dos professores permite acompanhar de perto sua atuação e lembrá-los do grande desafio que é a educação no sistema prisional. Nós temos que pensar no aluno integralmente, atendendo suas demandas enquanto está cumprindo sua pena, mas também auxiliá-lo a pensar sua vida após esse período. Por isso, investimos e ofertamos educação formal, a educação profissional e o trabalho para que essas atividades proporcionem mudanças que possibilitem uma nova vida, distante da criminalidade” ressalta a gerente.
O comprometimento dos profissionais com essa causa é fundamental para alcançar a meta de, por meio da educação, contribuir para a mudança comportamental. A professora de educação física, Lorraine Neves de Paula, irá iniciar nesta semana uma nova fase em sua carreira, lecionando nos presídios. Para ela, o planejamento é fundamental para o sucesso.
“Através da educação física, nós trabalhamos o corpo e a mente. Os desafios e expectativas são grandes, por isso achei ótima essa iniciativa de reunir os profissionais da educação, nos permitindo tirar dúvidas, conhecer experiências dos profissionais da equipe nas unidades e nos organizar para oferecer o melhor e contribuir com a formação dos internos” destaca a professora.
Motivacional
Além das orientações sobre as diretrizes escolares para atuação nas unidades prisionais, a professora Marizinha Coqueiro, da Escola de Serviço Público do Espírito Santo (Esesp), proporcionou um momento diferenciado aos profissionais da educação do sistema penitenciário.
Com uma palestra motivacional, a profissional destacou a importância do comprometimento, da empatia, e o valor do trabalho em equipe.
Educação nos presídios
Nesta terça-feira (05), os cerca de 3.600 detentos com acesso à educação formal nas unidades prisionais voltam às aulas em 30 das 35 Unidades prisionais do Estado. Desde 2005 foi firmada uma parceria entre as Secretarias de Estado da Justiça e de Educação para a oferta de educação formal à população prisional do Espírito Santo, através da modalidade Educação de Jovens e Adultos (EJA).
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