07/01/2025 16h22

Internas participam de aula prática de costura em unidade prisional de Colatina

A capacitação profissional é um dos pilares do Programa de Ressocialização da Secretaria da Justiça (Sejus), que, em parceria com o Programa Federal Mulheres Mil, oferta o Curso Confeccionador de Lingerie e Moda Praia para internas do Centro Prisional Feminino de Colatina (CPFCOL). Após um pequeno recesso, internas alunas puderam retomar as aulas práticas nessa segunda-feira (06), com atividades realizadas na fábrica de costura da unidade prisional.

São 20 internas que participam da capacitação, que teve início em outubro do ano passado. Com carga horária de 160 horas, o curso tem como finalidade a formação necessária para a confecção de lingerie e moda praia. Nesse contexto, as alunas aprendem técnicas de costura, modelagem, corte de tecidos e moldes, além de operar máquinas de costura para a confecção das peças. Conteúdos sobre mercado de trabalho e empreendedorismo também fazem parte da grade curricular.

O curso faz parte do Programa Federal Mulheres Mil, intermediado no Estado pela Secretaria da Ciência, Tecnologia, Inovação e Educação Profissional (Secti). Essa parceria já resultou na qualificação de 80 internas da unidade prisional de Colatina. Lá, também está instalada uma fábrica de costura responsável pela confecção de peças íntimas que compõem o uniforme da população prisional, sendo, anualmente, produzidas cerca de 200 mil peças, entre cuecas, calcinhas e tops femininos.

É utilizando a estrutura da fábrica que as alunas do Curso Confeccionador de Lingerie e Moda Praia podem praticar o que aprenderam em sala de aula. “O curso desenvolve habilidades básicas de costura. As detentas aprendem a usar máquinas industriais para a execução e procedimentos técnicos, e a confeccionar peças para a indústria do vestuário, no segmento de lingerie e moda praia. Tudo é feito dentro de procedimentos técnicos, seguindo normas de segurança do trabalho e controle de qualidade”, disse Ana Caroliny Lopes, supervisora do Programa Mulheres Mil, no Polo de Colatina e São Mateus.

O subsecretário de Estado da Ressocialização, Marcelo Gouvêa, destaca a importância da capacitação para a reinserção social. “É uma capacitação que atende a uma alta demanda de mercado, que qualifica essas mulheres para um ofício e que abre portas para novas oportunidades fora do cárcere. Em Colatina, esse é um segmento muito forte, conhecido como o maior polo de confecção do Estado. Não temos dúvidas de que o trabalho e a educação promovem mudanças na vida das pessoas e é por isso que parcerias como essa, com o Programa Mulheres Mil, são essenciais para o Programa de Ressocialização da Sejus”, salientou Gouvêa.

Sobre o Mulheres Mil

O Pronatec, por meio da frente Mulheres Mil, tem como objetivo assegurar o acesso das mulheres em situação de vulnerabilidade social à educação profissional e tecnológica. Destinado a mulheres a partir de 16 anos em condições de pobreza e com baixo nível de escolarização, o programa busca não apenas oferecer formação técnica, mas também promover o empoderamento feminino e a superação de violências.

Por meio de uma abordagem que reconhece as experiências e vivências das participantes, busca-se promover não apenas habilidades técnicas, mas também um amplo letramento que capacite as mulheres a transformarem suas realidades.


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