Quarenta internos da Penitenciária Regional de Linhares (PRL) participaram, na última semana, de um curso preparatório de redação. Ministrada pela pedagoga Dilcéia Silvestre, que atua na unidade, a capacitação teve duração de dois dias.

Durante as aulas, os internos tiveram a oportunidade de tirar dúvidas acerca do desenvolvimento de uma boa redação, praticar a escrita e a leitura de textos.

A iniciativa foi organizada pelo chefe de segurança da Penitenciária, Dylean Ferreira, e teve como proposta inicial preparar os internos para o concurso de redação promovido pela Defensoria Pública da União (DPU), com o tema “Mais Direitos, Menos Grades”, que conta com uma categoria para pessoas privadas de liberdade que estejam estudando.

Além de preparar os internos para o concurso, o curso também teve como objetivo contribuir para um melhor desempenho dos detentos na realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Segundo o diretor da Penitenciária, Vinicius de Mendonça Narciso, iniciativas como essa são sempre muito bem recebidas na unidade, pois estimulam o estudo.

“A educação é de extrema importância na reinserção social, além de ser um grande processo de qualificação pessoal, por isso cursos como esse são bem-vindos”.

Educação

Atualmente, o Espírito Santo possui cerca de 3,5 mil detentos estudando em salas de aula nas unidades prisionais, da alfabetização ao Ensino Médio, na modalidade de Educação para Jovens e Adultos (EJA). O acesso à educação é oferecido em parceria com a Secretaria de Estado da Educação (Sedu).

Enem

Em 2016, 2.561 detentos, de 31 unidades prisionais, participaram do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Assim como os outros estudantes, as pessoas privadas de liberdade podem usufruir dos benefícios de prestar o exame, que pode ser usado para obter financiamento estudantil por meio do ProUni, programa do Governo Federal, e bolsas de estudos em faculdades particulares.

Redução de pena 

Todos os internos que estudam têm direito ao benefício da remição da penal. A Lei 12.433/11, sancionada em junho de 2011, alterou a Lei de Execução Penal para permitir a redução da pena dos presos que estudam. O benefício da remição autoriza a redução de um dia da pena a cada 12 horas de estudo, distribuídas em três dias. 

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Texto: Paula Romanha