Internos do semiaberto trabalham na reforma de hospitais e órgãos públicos
Mais de 60 detentos do regime semiaberto estão trabalhando na reforma de hospitais e órgãos públicos na Grande Vitória e no interior. Os internos são coordenados pela Diretoria de Engenharia e Arquitetura (Digea) da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus).
O Hospital Dório Silva, na Serra, o Hospital Infantil e Maternidade Alzir Bernardino Alves (Himaba), em Vila Velha, o CRE Metropolitano, em Cariacica, e as instalações do novo pronto-socorro do Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória, em Vitória, são alguns dos locais em que os internos estão executando serviços como pintura, elétrica, hidráulica e reforma.
No novo pronto-socorro do Hospital Infantil Nossa Senhora da Glória, em Vitória, os detentos também estão realizando a pintura de painéis com temas infantis para deixar o ambiente mais alegre e acolhedor para os futuros pacientes que passarem pelo local.
Outros locais que estão recebendo melhorias por meio do trabalho dos detentos são o Centro de Reabilitação Física do Espírito Santo (Crefes), em Vila Velha, a delegacia de Jacaraípe, na Serra, a Escadaria Maria Ortiz e o Palácio Anchieta, no Centro de Vitória, e a residência oficial do governador, em Vila Velha.
Os internos também estão construindo uma Unidade Feminina de Internação administrada pelo Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases), em Cariacica.
A Escola de Serviço Público do Espírito Santo (Esesp) também conta com o apoio da mão de obra de internos, que vêm realizando melhorias no espaço físico do local.
Entre as ações desenvolvidas por eles na Esesp estão pintura da área interna, manutenção no telhado, jardinagem, reforma do muro e adequação da calçada ao padrão mais moderno de acessibilidade.
Para a diretora-presidente da Esesp, Dângela Bertoldi Volkers, a parceria com a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) está sendo positiva.
“O ganho ocorre para todos. Para nós, como instituição, um dos grandes benefícios é a adequação do nosso espaço para receber o público que diariamente vem até aqui. E os internos têm a oportunidade de utilizar suas habilidades em benefício do serviço público e, consequentemente, da sociedade”.
O secretário de Estado da Justiça, Walace Tarcísio Pontes, destaca que o trabalho, aliado ao estudo e à qualificação profissional, é fundamental para o processo de ressocialização dos detentos do sistema prisional.
“Por meio dessa oportunidade, os internos retomam o contato com a sociedade e sentem-se produtivos, ao executar um serviço que vai beneficiar a população”.
Os internos que participam das obras em espaços públicos são beneficiados com a remição da pena: a cada três dias de trabalho, um dia é reduzido do tempo de pena a ser cumprido. Parte deles também recebe um salário mínimo de remuneração. Os demais atuam de forma voluntária.
Seleção dos presos
Para selecionar os detentos que podem trabalhar, é feita uma rigorosa avaliação por uma equipe multidisciplinar. Só são escolhidos aqueles que cumprem os requisitos exigidos pela Sejus, como ter escolarização, ter desenvolvido trabalhado voluntário em atividades de apoio à unidade, ter demonstrado interesse pelo trabalho, ter bom comportamento e qualificação profissional exigida para a função.
Conforme prevê a Lei de Execução Penal, os detentos que trabalham são beneficiados com a remição da pena. Desta forma, a cada três dias de trabalho, um dia é abatido da pena a ser cumprida.
Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Justiça
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