21/12/2021 15h05 - Atualizado em 21/12/2021 15h16

Projeto Maternar Lactantes Presas é implantado em unidade prisional da Paraíba

Projeto pioneiro do Espírito Santo, que nasceu no Centro Prisional Feminino de Cariacica (CPFC), foi implantado na Penitenciária de Recuperação Feminina Maria Julia Maranhão, em João Pessoa, na Paraíba, na semana passada. O Maternar Lactantes Presas tem por objetivo a proteção da primeira infância das crianças que estão no sistema prisional.

A iniciativa desenvolve ações voltadas ao cuidado com as gestantes, lactantes e bebês custodiados, que visam à proteção da primeira infância com base no Marco Legal da Primeira Infância.  A idealizadora do projeto, diretora do CPFC, Graciele Sonegheti Fraga, mestre em Segurança Pública e especialista em primeira infância no sistema prisional, explica que o projeto tem como proposta a humanização dos espaços destinados a essas crianças.

“O projeto foi desenvolvido a fim de criar um ambiente materno infantil seguro, salubre e com condições e estímulos adequados a mãe e bebê. Além disso, o projeto também envolve a capacitação dos profissionais que lidam com o público em questão a fim de maternar as mães com vistas ao cuidado e olhar necessários às crianças nessa fase do desenvolvimento, ressaltando a importância da sensibilização dos profissionais envolvidos no processo de maternagem no contexto prisional”, explicou.

 

O projeto foi o vencedor do Programa Centelha ES no ano passado, que prevê recursos para ampliação da iniciativa em outros estados da federação. “O projeto surgiu há dois anos e estamos levando essa iniciativa, com alguns parceiros, inclusive,  a empresa Grão de Gente, para o Brasil”, conclui Graciele Sonegheti.

 

O Estado da Paraíba foi o primeiro a se beneficiar com o Maternar Lactantes Presas. Cinthya Almeida, diretora da Penitenciária de Recuperação Feminina Maria Julia Maranhão, já havia demonstrado sensibilidade para o tema quando reproduziu o projeto "Da gestação para a vida", também do Centro Prisional Feminino de Cariacica, em ações voltadas para lactantes da unidade. O projeto consiste no registro fotográfico de crianças e gestantes que estão no sistema prisional, visto que em condições comuns não teriam nenhum registro dessa fase da vida.

 

O secretário de Estado da Justiça, Marcello Paiva de Mello, destaca a inovação do projeto e sua expansão para outras unidades prisionais do País. “O Maternar Lactantes Presas desenvolve ações relevantes para a humanização do sistema prisional e propicia a lactantes e bebês a garantia de direitos fundamentais. Ver que a Secretaria da Justiça está contribuindo com outras instituições na construção de berçários mais estruturados e que ofertam mais dignidade ao cumprimento da pena dessas mulheres, é motivo de orgulho e reconhecimento”, pontuou.

 

Cinthya Almeida, diretora da Penitenciária Júlia Maranhão, ressalta a importância do projeto para a unidade feminina da Paraíba. “É uma imensa satisfação receber essa parceria, esse projeto tão maravilhoso, tão importante para a primeira infância dessas crianças que se encontram recolhidas na Penitenciária Júlia Maranhão. E em nome do Governo da Paraíba, da Secretaria de Administração Penitenciária, agradecemos por essa iniciativa. Agradecemos à Graciele Sonegheti, à empresa Grão de Gente e ao Governo do Espírito Santo, por dar importância a nossas crianças, a algo tão valioso que é a esperança no futuro”, disse.

Luciana Ferro, diretora de Parcerias Estratégicas da Grão de Gente enfatiza que a ação vai além da responsabilidade social. “É enorme o prazer de participar desse projeto que visa, sobretudo, a ajudar na ressocialização das presas lactantes e em oferecer mais qualidade de vida para os bebês que permanecem no alojamento materno pelo período de seis meses”, ressaltou.

 

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