Sejus recebe doação de 200 livros e revistas para unidade prisional
A Secretaria da Justiça (Sejus) recebeu, nesse sábado (18), 200 livros e revistas que serão utilizados como incentivo à leitura na Penitenciária Semiaberta de Vila Velha (PSVV), no Complexo de Xuri. A iniciativa faz parte de uma campanha promovida pela Academia Espírito-santense de Letras (AEL) e o Instituto Histórico e Geográfico do Espírito Santo (IHGES), entre os seus confrades e confreiras, que fizeram a doação de suas obras.
A solenidade de entrega contou com as presenças do secretário de Estado da Justiça, Marcello Paiva de Mello; do desembargador supervisor das Varas Criminais de Execução Penal, Fernando Zardini; da coordenadora das Varas Criminais, Gisele de Oliveira; da juíza da Vara de Execuções Penais de Vila Velha, Patrícia Faroni; da presidente da AEL, Ester Abreu; do presidente do IHGES, Getúlio Neves; além de representantes da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB-ES) – Seccional Espírito Santo, servidores e internos da unidade prisional.
Para o secretário de Estado da Justiça, Marcello Paiva de Mello, a leitura é uma importante aliada do processo de ressocialização. “A Sejus desenvolve projetos de remição da pena pela leitura no sistema prisional, por acreditar que a leitura é um incentivo ao conhecimento, ao aprimoramento intelectual e profissional, o que reflete de forma positiva no processo de reinserção social. Nossas iniciativas contam com o apoio dos atores do sistema de Justiça, de instituições e da sociedade civil organizada, e estamos trabalhando para gerar novas oportunidades em todo o sistema”, afirmou o secretário.
A presidente da AEL, Ester Abreu, ressaltou que a iniciativa tem o objetivo de incentivar a leitura dos apenados. “A leitura abre horizontes e é vista por nós, escritores, poetas, professores, filósofos, jornalistas, como um caminho para a transformação do indivíduo. Para o sistema prisional, os livros serão uma alternativa aos apenados de restabelecer sua vida social e psíquica, um incentivo à leitura”, destaca Ester Abreu.
Há cinco anos no sistema prisional, o interno David Kennedy Lacerda contou como os projetos desenvolvidos nas unidades contribuem no seu desenvolvimento pessoal.
"Quando eu dei entrada, eu estava muito abalado e achava que os problemas só aconteciam comigo. Depois, através dos projetos de leitura, da música, da pintura, eu vi que vivenciei muitas coisas por consequência das minhas escolhas. Aqui, eu abracei oportunidades que me permitiram ter novamente o apoio das pessoas que sempre me amaram: minha família, minha esposa e meus filhos. Os livros fazem parte dessa oportunidade e podem ajudar muitos outros, se souberem aproveitá-la e quiserem mudar de vida", afirmou.
O desembargador Fernando Zardini, supervisor das Varas Criminais de Execução Penal, considerou o evento é uma demonstração de que os poderes instituídos e a sociedade civil organizada estão imbuídos no propósito de mudança da realidade da sociedade, acreditando na ressocialização, no sistema de justiça e na expectativa de que possam contribuir de forma significativa para um futuro melhor.
Remição pela leitura
A resolução nº 391/21 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) prevê o direito à remição de pena por meio da leitura de obras literárias, fazendo com que o livro seja um objeto de ressocialização. Segundo juíza Patrícia Faroni, da Vara de Execução Penal de Vila Velha, as atividades da remição de pena pela leitura permitem aos reeducandos redefinir o seu próprio futuro e garantir outra forma de comportamento ao retornar para o convívio em sociedade.
"Este evento é mais uma manifestação da solidariedade e do reconhecimento das pessoas sobre a importância da transformação gerada pela leitura. Esta doação vem para somar às outras já realizadas e engrandecer ainda mais o projeto de Remição pela Leitura que estamos fomentando", pontuou a juíza.
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