21/03/2019 10h12

Servidores da Sejus apostam em atitudes que promovem transformação

Por trás de cada projeto desenvolvido na Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) há um servidor ou um gestor que compreende o valor daquela iniciativa para a reintegração social da pessoa privada de liberdade. Este é o caso do servidor Luiz Carlos dos Santos, inspetor penitenciário no Centro de Detenção Provisória (CDP) da Serra, que conquistou o primeiro lugar na categoria Atitude Humanizadora, na sexta edição do Prêmio Humaniza, que reconhece as boas práticas do sistema penitenciário. 


Luiz Carlos, que é pedagogo e especialista em política, gestão e segurança pública e em psicopedagogia com ênfase em inclusão e informática educativa, foi reconhecido, sobretudo, por suas ações que ultrapassam suas atribuições. 

A premiação considerou ainda a atuação do inspetor junto às pessoas lésbicas, gays, bissexuais e transgêneros (LGBT) que cumprem pena na unidade. Ele ressalta que procura reconhecer as dificuldades que esses internos já passaram nas ruas, com a família, em função do preconceito. “Trabalho com muita dedicação e empenho para tratá-los com dignidade, com um olhar diferenciado, para que possam aprender a conviver em grupos, respeitando e sendo respeitados”, diz Luiz Carlos.

Segundo Luiz Carlos, ser reconhecido pelo Prêmio Humaniza foi gratificante. O servidor acredita na força do diálogo como agente transformador. “Todos os dias, ao chegar, converso com os internos e busco compreender quais são suas demandas do dia, qual o clima da galeria. Se há algum conflito, tento fazê-los verbalizar, para evitar discussões nas celas. As demandas variam, seja por atendimento de saúde, psicológico, outras nos pedem atualizações de seus processos, então acionamos o jurídico. E conforme as demandas são atendidas, acompanho e dou um retorno a eles. Mas além disso, temos um respeito com o interno e isso é uma via de mão dupla. Se criamos um ambiente do diálogo, da conversa, evitamos os conflitos, e raramente temos que usar a força. Isso é bom para o apenado e para o agente, que tem um ambiente menos tensionado para trabalhar”, ressalta.

Com características que somam ao trabalho e a missão da Sejus, que é a reintegração de pessoas, o servidor acredita no valor do seu trabalho e que é possível transformar pessoas e ambientes.

 “Aqui, cada infrator tem a oportunidade de construir o alicerce para sua liberdade e, quando sair, se olhar de outra forma e ter a oportunidade de interagir com a sociedade. Eu quero continuar a fazer meu trabalho e espalhar esse exemplo que temos dado de humanização a todo sistema prisional, sempre pautado na ética e na legalidade. E assim contribuir para que o apenado seja ressocializado, que dedique esse momento para rever determinados valores e que possa mostrar que mudou. Eu acredito nisso, pois vemos diversos que saem e não voltam. Eles estão mudando sua visão de mundo, construindo objetivos para o pós-cárcere e prosperando nessa missão”, afirma o inspetor. 

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