10/06/2014 10h00 - Atualizado em 03/03/2016 14h21

Bolas produzidas por internos começam a ser doadas a escolas públicas

Duas escolas da rede estadual de ensino receberam bolas e redes esportivas produzidas por internos do sistema prisional, nesta segunda-feira (09). Ao todo, 15 escolas públicas estaduais e municipais da Grande Vitória serão contempladas com kits contendo bolas de voleibol, handebol e futsal, além de redes de futsal e voleibol, totalizando 450 bolas e 90 redes. A ação se estenderá até quarta-feira (11).
 
As primeiras escolas a receberem os kits foram a Escola Estadual Humberto Piracente, em Alecrim, e a Escola Estadual Jorge Anísio Borjaile, em Santa Rita, localizadas em Vila Velha.
 
A intenção da Sejus é doar o material esportivo às escolas em que estudam os filhos dos internos que trabalham na fábrica de bolas, localizada na Penitenciária Estadual de Vila Velha III (PEVV III), no Complexo de Xuri, e dos internos de outras unidades prisionais, que trabalham na costura das bolas.
 
Ontem, dois internos que cumprem pena em regime semiaberto na Penitenciária Agrícola do Espírito Santo (PAES), que também ajudaram a produzir as peças doadas, participaram da entrega dos kits esportivos. Na oportunidade, os internos contaram aos alunos um pouco de suas experiências e os motivos que os levaram ao crime, como forma de conscientização.
 
"Fico feliz por ver o sorriso de cada criança ao receber as bolas. Espero que com esse material, elas tenham um futuro melhor, que sintam-se incentivadas a praticar esportes, se desenvolvam nos estudos e tenham mais oportunidades", comentou um dos internos.
 
Para um aluno de 11 anos, que estuda em uma das escolas contempladas, os materiais serão bem utilizados. "Nossa escola precisava das bolas. Elas vão ajudar a muitas pessoas. Vamos aproveitar que estamos na época da Copa do Mundo para jogar muito futebol na quadra de esportes com elas", contou.
 
A coordenadora da Escola Estadual Jorge Anísio Borjaile, Delma Lucia Camuzzi Montebeller, acredita que as doações vieram em boa hora. "A entrega foi de muitíssima importância. Por mais que tenhamos verba para comprar o material, ainda precisamos de mais. Acredito que esses kits nos ajudarão a suprir a necessidade que tínhamos", afirmou.

 
Pintando a Liberdade
 

As bolas e redes foram produzidas pelos internos que participam do projeto 'Pintando a Liberdade', que existe desde 2010 e busca a ressocialização e a profissionalização dos presos do sistema carcerário, com a utilização dessa mão de obra para produção de material esportivo.
 
Hoje, 250 internos, de várias unidades de Vila Velha e Viana, desenvolvem atividades de corte, estampa e costura de bolas, além de confecção de redes. As bolas produzidas destinam-se ao Governo do Estado, que as repassa para escolas públicas, entidades filantrópicas e até mesmo a unidades prisionais.
 
Os internos que trabalham na produção de bolas e redes são remunerados e possuem o benefício de remição de pena, ou seja, a cada três dias trabalhados, um dia da pena a ser cumprida é abatido.

 
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