Na próxima segunda-feira (15), 14 internas do Centro Prisional Feminino de Cachoeiro de Itapemirim (CPFCI) vão participar de uma ação solidária para ajudar pessoas com câncer. Elas vão cortar os cabelos, que serão destinados ao projeto “Mãos Solidárias”, do Centro Prisional Feminino de Colatina (CPFCOL), e serão transformados em perucas.

Além do corte de cabelo, as internas também terão oportunidade de cuidar do visual, fazendo escova e pintando as unhas. Os serviços serão prestados de forma voluntária por professores e alunos do Senac de Cachoeiro de Itapemirim.

“Apesar de o projeto ‘Mãos Solidárias’ ter nascido em Colatina, procuramos envolver outras unidades e sensibilizar as internas, estimulando-as a exercer a solidariedade e a contribuir com a iniciativa, que beneficia pessoas que estão com câncer”, fala a gerente de Educação e Trabalho da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), Regiane Kieper do Nascimento.

Essa é a segunda ação deste ano. Há alguns meses, detentas do Centro de Detenção Provisória Feminino de Viana também doaram cabelos para a produção das perucas. Em 2015, durante a campanha Outubro Rosa, 22 internas da Penitenciária Feminina de Cariacica (PFC) também cortaram os cabelos para contribuir com o projeto.  

Mãos Solidárias

Por meio do projeto “Mãos Solidárias”, internas do Centro Prisional Feminino de Colatina (CPFCOL) produzem perucas, lenços, turbantes e próteses mamárias – feitas com malha de algodão e polietileno –, que são doadas a pacientes com câncer.

A iniciativa é desenvolvida desde janeiro de 2015 pela Secretaria de Estado da Justiça (Sejus), em parceria com o Hospital São José, em Colatina, e com cabeleireiros voluntários.

As internas que participam do “Mãos Solidárias” atuam de forma voluntária e recebem o benefício da remição da pena – a cada três dias de trabalho, um dia da pena é reduzido. 

Prêmio

No ano passado, o “Mãos Solidárias” foi o vencedor na categoria Projeto Humanizador, do Prêmio Humaniza, realizado pela Sejus. A premiação reconhece e homenageia servidores e iniciativas desenvolvidas nas unidades prisionais que contribuem para a humanização do sistema prisional capixaba.

O projeto também foi semifinalista do Prêmio Inoves Ciclo 2015. Criado em 2005 pelo Governo do Estado do Espírito Santo, o Inoves tem como principal objetivo consolidar uma cultura empreendedora de gestão no contexto do serviço público capixaba capaz de modernizar, melhorar a vida do cidadão e transformar a realidade.

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