Internos do sistema prisional estão ajudando a erguer a sede própria da 1ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/ES), em Colatina. A mão de obra é da Penitenciária Semiaberta Masculina (PSMCOL) do município, que atua em diversas frentes de trabalho.

A construção é realizada em um terreno de 420 metros quadrados, localizado na Praça Sol Poente, no Centro da cidade de Colatina. A diretora da Penitenciária Semiaberta Masculina do município, Taciane Côvre, destacou que o trabalho está sendo desenvolvido por sete presos, que foram contratados para a obra.

“Eles foram inseridos no programa de Ressocialização da Secretaria da Justiça (Sejus), que dá a oportunidade de desenvolvimento do trabalho realizado. Eles atuam em diversas funções, como pedreiro, eletricista e ajudante. O trabalho é executado por meio de convênio com a empresa Linear e inclui a construção de paredes, revestimento, assentamento de pisos e azulejos, além de instalação elétrica e alvenaria estrutural, entre outros serviços”, destacou Taciane Côvre.

O juiz da 2ª Vara Criminal da Comarca de Colatina, André Guasti Motta, destacou a importância do trabalho dos internos do regime semiaberto para a reinserção gradual na sociedade. Segundo ele, o trabalho funciona como um instrumento eficaz na promoção da ressocialização e na construção de um futuro melhor tanto para os indivíduos em cumprimento de pena quanto para a sociedade como um todo.

“Como juiz da Execução Penal, é com grande satisfação que expresso minha convicção sobre a importância do trabalho externo dos presos do presídio semiaberto de Colatina. O trabalho externo não apenas contribui para a reintegração social dos detentos, mas também promove a ressocialização e a redução da reincidência criminal. Ao permitir que os presos exerçam atividades laborais fora dos muros da instituição, proporcionamos a eles a oportunidade de adquirir novas habilidades, desenvolver a autoestima e o senso de responsabilidade”, pontuou André Guasti Motta.

Além disso, segundo Motta, o trabalho externo realizado pelos detentos auxilia na manutenção de laços familiares e comunitários, fortalecendo os laços sociais e a reinserção gradual na sociedade.

“É também papel da OAB contribuir para a reintegração dos custodiados no mercado de trabalho e, consequentemente, na sociedade. Ficamos muito felizes em participar desse projeto”, disse Michela Ferreira Dias, presidente da 1ª Subseção OAB/ES.

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