Trezentos professores e pedagogos que atuarão nas unidades prisionais a partir desta-segunda-feira (05), quando se inicia o ano letivo de 2018, estão sendo capacitados pela Secretaria de Estado da Justiça (Sejus). Eles vão lecionar para aproximadamente 3,5 mil estudantes privados de liberdade, de 30 unidades prisionais. 

As primeiras capacitações foram realizadas na última semana, quando 110 professores da Grande Vitória participaram da formação. Nesta semana, na quinta (08) e sexta-feira (09), e no próximo dia 20, os demais profissionais de Educação que atuarão nos presídios do Estado também participarão da formação.

Durante a capacitação, os docentes assistem a palestras sobre o perfil da população carcerária capixaba, os objetivos da Educação de Jovens e Adultos nas unidades e o papel do professor na educação prisional. A capacitação é realizada por servidores da Gerência de Educação e Trabalho da Sejus e servidores das Superintendências Regionais de Educação.

“É importante que o profissional entenda o sistema prisional, que tenha responsabilidade em promover uma educação que faça a diferença na vida do interno. Maturidade emocional, bom relacionamento interpessoal e ética também são características necessárias”, explica a gerente de Educação e Trabalho da Sejus, Regiane Kieper do Nascimento.

A subgerente de Educação nas Prisões, Silvia Moreira Franco Garcia, ressalta, ainda, que o papel do educador no sistema prisional vai além da transmissão de conhecimento. “O professor deve saber que, além da educação formal, também está atuando no resgate da cidadania desses detentos”.

Educação

A educação no sistema prisional é ofertada por meio de uma parceria entre as secretarias de Estado da Justiça e da Educação, com aulas da alfabetização ao Ensino Médio, na modalidade de Educação para Jovens e Adultos (EJA).

Enquanto a média nacional de pessoas privadas de liberdade estudando é de 10%, no Estado o índice é de 16,6%, considerando a população carcerária atual de, aproximadamente, 21 mil internos. Considerando apenas os detentos condenados, 26,8% são atendidos pela educação formal.

Redução de pena

Segundo a Lei de Execução Penal, o detento que estuda tem direito à remição da pena. A cada 12 horas de estudo, distribuídas em três dias, um dia da pena é reduzido.

Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Justiça
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