17/04/2018 17h50

Ensino do Xadrez é ampliado nas unidades prisionais do Xuri

O ensino e a prática do Xadrez serão ampliados nas unidades prisionais do Complexo do Xuri, em Vila Velha. O material necessário para expansão foi doado nesta terça-feira (17), pela Federação Internacional de Xadrez (FIX). 

Os relógios digitais, tabuleiros e peças de Xadrez, além de cartilhas e livros, serão utilizados por professores da Escola Cora Coralina, que atuam nas unidades prisionais do Xuri, em turmas dos ensinos Fundamental e Médio, na modalidade Educação para Jovens e Adultos (EJA). 

“O material doado será utilizado em sala de aula, como instrumento pedagógico, dentro das atividades curriculares dos estudantes privados de liberdade, explicou a diretora da Escola Cora Coralina, Gisele Orlandi. 

A doação foi realizada pelo presidente da Confederação Brasileira de Xadrez, Darcy Lima, que também representa a Comissão de Projetos Sociais da Federação Internacional de Xadrez. Lima foi recebido pelo subsecretário para Assuntos do Sistema Penal, Alessandro Ferreira de Souza, e pela gerente de Educação e Trabalho da Sejus, Regiane Kieper do Nascimento.

A subgerente de Educação da Sejus, Silvia Garcia, a diretora da Escola Cora Coralina, Gisele Orlandi, e os professores Mônica Ayres e Claudio Freire também acompanharam a doação. 

Desde que foi implantado nas unidades prisionais, o Xadrez tem apresentado grandes resultados na ressocialização dos detentos. “Além de desenvolver habilidades intelectuais e psicológicas entre os detentos, o Xadrez permite que, por meio do jogo, o detento possa rever seus valores, sua história e exerça o senso crítico em relação ao seu comportamento”, explica a gerente de Educação e Trabalho da Sejus, Regiane Kieper do Nascimento. 

Darcy Lima, presidente da Confederação Brasileira de Xadrez, também destacou o impacto da prática do Xadrez no processo de reintegração social dos detentos. “Com o apoio da Sejus, conseguimos metrificar os resultados dessa prática e percebemos que, além de ajudar no desenvolvimento cognitivo, o Xadrez também contribui para a redução dos casos de reincidência”, explica.     

Xadrez que Liberta

Confederação Brasileira de Xadrez e a Secretaria de Estado da Justiça já atuam em parceria no ensino do Xadrez nas unidades prisionais capixabas há dez anos, por meio do projeto “Xadrez Que Liberta”.

Atualmente, o projeto envolve 160 detentos, de seis unidades prisionais: Centro de Detenção Provisória da Serra (CDPS), Penitenciária Agrícola do Espírito Santo (Paes), Centro de Detenção Provisória de Guarapari (CDPG), Centro de Detenção Provisória Feminino de Viana (CDPV), Centro de Detenção Provisória de Vila Velha (CDPVV) e Penitenciária Estadual de Vila Velha II (PEVV II).

Os detentos têm aulas uma vez por semana supervisionadas por inspetores prisionais capacitados pela Confederação Brasileira de Xadrez.

Premiação

Em 2012, a iniciativa foi eleita o melhor projeto socioesportivo do ano, no prêmio Spirit of Sports, concorrendo com 140 projetos de diversas modalidades esportivas e de diversos países. A premiação é concedida pela Sportaccord, órgão que reúne federações esportivas internacionais como a Federação Internacional de Futebol (Fifa) e o Comitê Olímpico Internacional (COI). O prêmio Spirit of Sports foi criado, em 2002, como forma de reconhecimento ao compromisso e ao espírito humanitário dos membros da Sportaccord que utilizam o esporte como ferramenta para a mudança social.

Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Justiça
Rosana Figueiredo
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