Internas do CPFC recebem projeto Mãe Prevenida Vale uma Vida
Internas gestantes e lactantes que cumprem pena no Centro Prisional Feminino de Cariacica (CPFC) participaram, na manhã desta quarta-feira (04), da palestra “Mãe Prevenida Vale uma Vida”, projeto desenvolvido pelo Corpo de Bombeiros Militar do Espírito Santo (CBMES) com o objetivo de evitar acidentes com crianças.
O tenente-coronel Wagner Borges, idealizador do projeto, conduziu o assunto com as detentas com foco na preservação da vida. Na unidade prisional, internas dividem o alojamento materno-infantil com seus bebês, podendo permanecer no local, em média, por seis meses, conforme garantia prevista na Lei de Execuções Penais.
De acordo com o oficial, o projeto foi criado com o objetivo da prevenção. “A cada quatro dias uma criança morre no Espírito Santo. No Brasil, registramos a morte de 800 bebês por ano entre a faixa etária de 0 a 1 ano em decorrência de sufocação, fase mais comum no período de amamentação e após os quatro meses, com a introdução de alimentos sólidos. O que buscamos é orientar mães e pais para o salvamento em momentos mais difíceis, seja em situações de convulsão febril, queda, engasgo, entre outros. Nos preocupamos com a vida e essas crianças, independentemente da situação em que as mães se encontram, merecem todo carinho, atenção e uma oportunidade de vida”, enfatiza o tenente-coronel Wagner Borges.
A diretora da unidade prisional, Graciele Sonegheti Fraga, lembra que a permanência de crianças sobre a custódia do Estado é um fato em todo o Brasil e precisa estar sempre no radar das instituições, com propostas que minimizem as consequências do aprisionamento nessas crianças, que não cometeram crime algum e são sujeitas de direitos.
A preocupação com o assunto também faz parte do projeto de pesquisa de mestrado da diretora, com o tema “Criança em segurança: Promovendo o desenvolvimento afetivo-motivacional e social na primeira infância a partir da prevenção da violência como prática educativa parental”.
“Temos investido em ações voltadas para mães, bebês e gestantes da unidade prisional como forma de fortalecer os laços afetivos entre mãe e filho, além de propiciar condições dignas de saúde e segurança aos envolvidos. A reforma do alojamento foi um passo importante para a humanização do espaço e assim propiciar um ambiente adequado para o desenvolvimento infantil”, afirma Graciele.
No mês de setembro, a alojamento materno-infantil do CPFC foi reinaugurado, contando com nova pintura, cenários com temas infantis, móveis e acessórios que renovaram o ambiente.
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