11/02/2021 16h26

Internos de unidade prisional de Linhares produzem blocos em projeto ressocializador

Na Penitenciária Regional de Linhares (PRL), no norte do Estado, internos são responsáveis pela produção de blocos de concreto, utilizados na construção civil. Dez presos participam do projeto “Blocos Estruturais” e são responsáveis pela produção diária de cerca de 500 blocos de alvenaria. A mercadoria é comercializada com preço mais atrativo que os demais itens do mercado e as encomendas são feitas diretamente com a unidade prisional.

 

O diretor da Penitenciária, Vinicius Narcizo, explica que o projeto foi pensado para possibilitar a ressocialização dos internos, por meio do trabalho aliado a uma entrega à sociedade. 

 

“A nossa fábrica foi instalada pensando em criar oportunidade de ocupação, tornando-os produtivos e trabalhando também a questão da perspectiva para a vida pós-cárcere. Muitos internos têm alguma experiência na área da construção civil. Desde o início dessa ação, vários comentaram sobre o sonho de construir a casa própria, ajudar a família, sabendo que há possibilidades, por meio do próprio esforço e com materiais alternativos, como os produzidos no sistema”, enfatizou Narcizo.

 

O Conselho Interativo de Segurança de Linhares é parceiro da Penitenciária Regional de Linhares na iniciativa. Os recursos oriundos da comercialização do material são revertidos para o próprio projeto e também empregados no apoio a outros projetos e na manutenção da unidade e das demais instituições da segurança pública no município.

 

Expansão do projeto

 

Para ampliar o projeto, a Secretaria da Justiça (Sejus) destinou, neste mês, uma carreta à unidade prisional. O veículo, modelo Bitrem, irá facilitar o transporte das produções, bem como dos insumos, permitindo a compra direta com fornecedor e ajudando a tornar o preço ainda mais atraente. O diretor Vinicius Narcizo destaca que, nos planos, está a expansão da produção e a ampliação das vendas para outros municípios, além do envolvimento de mais dez internos. 

 

Os presos que integram o projeto têm direito à remição de um dia de pena a cada três dias trabalhados. A partir da experiência na fábrica de tijolos, muitos são encaminhados para atuação em empresas conveniadas, com trabalho externo remunerado. Dessa forma, o projeto funciona na triagem de habilidades e também como uma escola de aprendizado. 

 

O interno Adelso Silva conta que tem experiência como ajudante de pedreiro e se aperfeiçoou como pedreiro na unidade prisional. “Cheguei aqui no projeto depois que fiz o curso de pedreiro na unidade. Aqui, aprendi uma nova habilidade, que é a de operador de máquina e, quando sair, quero continuar na construção civil. Esse projeto me ajudou muito e estou empolgado, porque já recebi propostas para emprego nesta linha, após receber alvará”, disse o interno. 


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