25/08/2016 18h09

Internos de Viana cultivam horta e ajudam no tratamento de crianças da Apae

Quinze detentos que cumprem pena em regime semiaberto na Penitenciária Agrícola do Espírito Santo (Paes), em Viana, estão trabalhando no cultivo de uma horta na área da unidade prisional. As hortaliças e os legumes produzidos por eles são doados, mensalmente, a instituições filantrópicas.

O cultivo da horta acontece desde 2013, por meio do projeto Cultivando a Liberdade. Os detentos trabalham na plantação e colheita de diversos alimentos como alface, couve, hortelã, rúcula, batata doce e manjericão.

E, desde julho, os detentos estão contando com a ajuda de crianças da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Cariacica para a colher e doar os alimentos.

Durante todo o processo, elas são acompanhadas pela fisioterapeuta da Apae, Deisiara Andressa Pesca Silva, pela psicóloga da unidade, Celeste Conceição Esteves Gomes, e pela diretora da unidade, Leizielle Marçal Dionízio.

Segundo a diretora da Penitenciária, as doações são feitas mensalmente para instituições sem fins lucrativos. “Além de doar, convidamos as crianças da Apae para ajudarem na colheita e doação dos alimentos. A iniciativa também é uma forma de despertar a solidariedade nos internos”.

A mãe de uma das crianças, Giovana de Oliveira Ribeiro da Costa, explicou que esse contato com a horta ajuda no trabalho sensorial com as crianças. “Nós trabalhamos várias texturas das hortaliças, trabalhamos também o molhado, a temperatura e a terra. A criança autista passa também por um distúrbio alimentar, e muitas delas acabam não tendo uma alimentação saudável, por isso mostramos todo o processo dos alimentos, da plantação até a colheita”.

Alrenivía dos Santos Coco, mãe de uma das crianças que participaram da doação, também fala da importância do contato do filho com a terra e as hortaliças. “Nossos filhos têm várias dificuldades sensoriais, e andar descalço e sentir a terra deu um estímulo para eles. Essa iniciativa para as crianças autistas é de extrema importância”.

Seleção e remissão

Os internos que trabalham na horta possuem experiência em horticultura e conhecem as técnicas de manipulação da terra e das sementes em geral. Antes de plantar as sementes, eles também recebem orientações profissionais, por meio de cursos ministrados na unidade prisional. Um técnico agrônomo da Sejus acompanha e orienta o trabalho realizado pelos detentos.

O grupo de internos trabalha de forma voluntária, mas tem direito à remição da pena. Três dias de trabalho representam um dia a menos na pena a ser cumprida.

Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Justiça

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