Trinta internos do Centro de Detenção Provisória de Vila Velha (CDPVV) participaram de um torneio de xadrez na última quinta-feira (28). A competição faz parte do projeto Xadrez Que Liberta, realizado pela Gerência de Educação e Trabalho (GET), da Secretaria de Estado da Justiça (Sejus).

O torneio contou com a presença da instrutora de xadrez da unidade, a inspetora penitenciária Leyla Amorim, e dos árbitros da Confederação Brasileira de Xadrez (CBX) Lindomar Tonini e Josué Monteiro. Os três primeiros lugares da competição ganharam medalhas.

A coordenadora de Gestão de Projetos Especiais da Sejus, Leizielle Marçal Dionizio, acredita que “a ideia principal do desenvolvimento do projeto é fazer com que os internos tracem um paralelo entre as regras do jogo com a vida, reeducando seu comportamento positivamente”.

O interno W. C. F., vencedor da competição, faz uma relação do jogo com a vida. “Se jogarmos uma peça de maneira errada, vamos sofrer as consequências, podendo até perder o jogo. Na vida é da mesma maneira, se fizermos uma escolha errada, vamos sofrer as consequências negativas”, comparou.

Xadrez Que Liberta

A iniciativa é realizada desde 2008 em várias unidades prisionais do Estado, em parceria entre a Sejus e a Confederação Brasileira de Xadrez (CBX). Desde então, tem apresentado grandes resultados na ressocialização dos detentos, uma vez que o programa visa a desenvolver habilidades dos internos de forma a torná-los ainda mais produtivos durante o cumprimento da pena e ao conquistarem a liberdade.

O Xadrez Que Liberta foi eleito o melhor projeto socioesportivo de 2012, no prêmio Spirit of Sports, concorrendo com 140 projetos de diversas modalidades esportivas e de diversos países. A premiação é concedida pela Sportaccord, órgão que reúne federações esportivas internacionais como a Federação Internacional de Futebol (Fifa) e o Comitê Olímpico Internacional (COI). O prêmio Spirit of Sports foi criado, em 2002, como forma de reconhecimento ao compromisso e ao espírito humanitário dos membros da Sportaccord que utilizam o esporte como ferramenta para a mudança social.

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Texto: Maria Luiza Sancio