Durante todo o mês de novembro, detentos que estudam na Penitenciária Semiaberta de Vila Velha (PSVV) participaram de atividades pedagógicas sobre a cultura africana, em função da comemoração do Dia da Consciência Negra, celebrado na próxima segunda-feira (20).

Com o projeto “Africanidades: uma forma alternativa de desenvolvimento de aprendizagem”, desenvolvido pela equipe pedagógica da EEEFM Cora Coralina, os internos realizaram diversas atividades interdisciplinares como produção de texto, confecção de cartazes, apresentações de teatro, música e dança típica, além da produção de peças de artesanato.   

Segundo o professor Jackson Martiliano, um dos idealizadores do projeto, a iniciativa proporcionou aos detentos momentos de reflexão e conscientização sobre a importância do povo africano na formação da cultura brasileira e das tradições.

“Vale ressaltar que práticas pedagógicas interdisciplinares possibilitam trabalhar com as habilidades e a criatividade dos alunos, o que torna mais eficaz a fixação do conteúdo”.

Educação

Atualmente, o Espírito Santo possui cerca de 3,5 mil detentos estudando em salas de aula nas unidades prisionais, da alfabetização ao Ensino Médio, na modalidade de Educação para Jovens e Adultos (EJA). O acesso à educação é oferecido em parceria com a Secretaria de Estado da Educação (Sedu).

Enquanto a média nacional de pessoas privadas de liberdade estudando é de 10%, no Estado o índice é de 17,1%. A população carcerária atual é 20.412 internos. Considerando apenas os detentos condenados, 28,2% são atendidos pela educação formal.

Redução de pena

Segundo a Lei de Execução Penal, o detento que estuda tem direito à remição da pena. A cada 12 horas de estudo, distribuídas em três dias, um dia da pena é reduzido.

Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Justiça
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