Dez internos e internas da Penitenciária de Segurança Média 2, em Viana, concluíram uma oficina de iniciação teatral. Realizado desde setembro, a oficina trabalhou com os participantes as capacidades de expressão e interpretação, improvisação, alongamento, entre outras técnicas.

O diretor da unidade, Dantas Campostrini, destacou que a atividade se propôs a estimular a criatividade e a abordar temáticas sociais, contribuindo para melhorar a forma como cada um se posiciona e interage, além de valorizar o potencial artístico de cada participante.

“A oficina trabalhou a técnica e o conhecimento das artes cênicas, com as temáticas dos direitos humanos, além de gênero, diversidade e desigualdade social. Foi uma oportunidade de crescimento pessoal muito grande para os internos e internas. A nossa unidade tem esse propósito de, além da custódia, da segurança, saúde, educação e trabalho, pensar a ressocialização pelo autoconhecimento, pelo respeito e inclusão social”, ponderou Dantas Campostrini.

A certificação da oficina dos dez internos e internas será feita pela Pró-Reitoria de Extensão da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). O ator e coordenador da oficina, Antônio Marx, avaliou positivamente a experiência e se colocou à disposição para dar continuidade ao projeto.

“O convívio com pessoas encarceradas foi uma oportunidade para quebrar paradigmas. São pessoas com trajetórias e carências que se dispõem a uma troca e essa foi muito rica. O teatro é um espaço de possibilidades. O resultado que tivemos foi muito positivo e estou disposto a continuar esse projeto com a Sejus (Secretaria da Justiça), levando a arte e a valorização da pessoa para dentro do sistema prisional”, ressaltou Antônio Marx.

O encerramento da oficina de iniciação teatral foi celebrado com a apresentação da peça "Judith, Jessicah, Moema e Eu."

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