Internos que cumprem pena na Penitenciária de Segurança Máxima I (PSMA I), em Viana, estão trabalhando no cultivo de uma horta. O espaço de cultivo de hortaliças e legumes funciona na área interna da unidade prisional.

Atualmente, três detentos trabalham, de forma voluntária, na horta. Produtos como couve, cebolinha, alface, batata doce, amendoim, gengibre, tomate, pimenta, coentro, salsa e repolho são cultivados no local.

Tudo que é colhido é doado aos familiares dos detentos. A entrega dos alimentos ocorre semanalmente na unidade, nos dias de visitação.

Os internos envolvidos no projeto atuam voluntariamente, mas têm direito à remição da pena. Conforme prevê a Lei de Execução Penal, a cada três dias trabalhados, um dia da pena é abatido.

“O cultivo da horta traz benefícios para todos. Os detentos sentem-se úteis, produtivos, e os familiares se orgulham em ver esse processo de mudança dos detentos. Além de fortalecer os laços entre os internos e seus familiares, essa iniciativa também contribui para a nutrição dessas famílias”, explica o diretor da penitenciária, Manoel Leite Neto.

Hortas em presídios

Atualmente, detentos que cumprem pena em onze unidades prisionais trabalham no cultivo de hortaliças e legumes, em hortas que funcionam no interior das unidades prisionais.

A maior parte do que é produzido nessas onze hortas é doada a familiares de detentos e a instituições de caridade, como orfanatos, asilos e hospitais. Também há unidades que utilizam os produtos na alimentação dos internos.

Em algumas unidades, os internos que trabalham nas hortas possuem experiência em horticultura e conhecem as técnicas de manipulação da terra e das sementes em geral. Já em outras unidades, antes de plantar as sementes, eles recebem orientações de profissionais, por meio de cursos de qualificação ou de parcerias com voluntários.

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