18/09/2017 13h46

Pacientes do Hospital de Custódia cultivam horta terapêutica

Após um período de preparação, pacientes do Hospital de Custódia e Tratamento Psiquiátrico (HCTP) estão cultivando uma horta na unidade. As atividades começaram em junho, com apoio da Casa do Adubo, que cedeu os materiais e mudas usados e também ministrou as aulas teóricas para os pacientes.

Rabanete, cenoura, beterraba, alface, cebolinha, couve e tomate são alguns dos itens que estão sendo cultivados. A primeira colheita deve acontecer nos próximos meses e a produção será doada para a Associação Brasileira dos Ex-Dependentes Químicos, localizada em Areinha, Cariacica. A instituição foi indicada pela Casa do Adubo, parceira do projeto.

Atualmente, nove pacientes estão envolvidos no cultivo da horta. As atividades ocorrem duas vezes por semana. Além da horta, os pacientes também fazem a manutenção do pomar existente na unidade.

Segundo a terapeuta ocupacional Lorena Santos Rola, que atua na unidade e coordena o projeto, o trabalho na horta contribui para o desenvolvimento dos pacientes.

“A atividade na horta resgata o histórico ocupacional dessas pessoas, pois muitos já trabalharam com a terra no passado. Também contribui para a redução de crises de ansiedade e trabalha os estímulos sensoriais, estimulando o desenvolvimento neurológico. Dessa forma, também humaniza o tratamento dos pacientes. Alguns já planejam trabalhar com a horticultura quando retornarem à vida em sociedade, a partir dos conhecimentos adquiridos no projeto”.

E os avanços apresentados pelos pacientes são comprovados pelo engenheiro agrônomo Cláudio Tardin de Castro, que atua como instrutor do grupo.

“Quando começamos, com a parte teórica, percebi que alguns pacientes tinham dificuldades motoras e de relacionamento. Com o contato com a terra e o tempo ao ar livre, a melhora deles é visível. É muito gratificante acompanhar esse progresso”, explica.

O engenheiro da Casa o Adubo conta que projetos semelhantes são realizados em escolas e instituições de tratamento de dependentes químicos e que os resultados são sempre muito positivos. “A ideia é ensiná-los, estruturar toda a horta e, depois que começarem a colher os produtos, espero que o grupo continue a cuidar do espaço sem supervisão de um profissional”, acrescentou.  

A diretora do HCTP, Roberta Barbosa dos Santos Prates, acrescenta que a unidade procura ofertar diferentes atividades terapêuticas que contribuem para o desenvolvimento dos pacientes.

“Além da horta e do pomar, o HCTP oferta outras oficinas terapêuticas, com aulas de pintura, teatro e ioga. Essas oficinas fazem parte das novas rotinas implantadas na unidade, que abriga pessoas com transtornos mentais que, por decisão da Justiça, foram internadas para tratamento psiquiátrico”, explica.

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