28/05/2015 09h55 - Atualizado em
17/03/2016 14h40
Perucas produzidas por detentas serão entregues a mulheres com câncer na segunda (01)
As perucas confeccionadas por cinco detentas do Centro Prisional Feminino de Colatina (CPFCOL) serão doadas para pacientes com câncer a partir da próxima segunda-feira (1º). A entrega será realizada na unidade prisional, a partir das 14h, e contará com a participação de pacientes do Hospital e Maternidade São José, localizado em Colatina.
Além das perucas, lenços, turbantes e próteses mamárias - feitas com malha de algodão e polietileno – também serão doados. Todo o material foi produzido pelas detentas, por meio do projeto 'Mãos Solidárias', realizado em parceria entre a Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) e a Organização Não Governamental (ONG) Amigas Para o Bem Viver.
A doação não se limitará apenas às pacientes do Hospital e Maternidade São José. Qualquer mulher portadora da doença poderá solicitar a doação dos itens produzidos na unidade prisional. Para solicitar uma doação, a paciente deve entrar em contato pelos e-mails cpfcol@sejus.es.gov.br e sandraportugall@hotmail.com. Após o contato, membros da ONG farão uma visita à paciente e realizarão um cadastro.De acordo com a colaboradora da ONG, Sandra Helena Barros Portugal, terão prioridade no atendimento aquelas mulheres que apresentam baixa autoestima, por conta da queda dos cabelos provocada pelo tratamento contra o câncer, e dificuldade financeira em adquirir o acessório.
O projeto 'Mãos Solidárias' começou em março deste ano. Parte do cabelo usado na produção das perucas foi doado por mulheres que também cumprem pena na unidade prisional. O restante foi arrecadado em campanhas realizadas em faculdades e salões de beleza do município.
As internas produzem os acessórios sob a orientação da colaboradora da ONG, Sandra Helena Barros Portugal, e do cabelereiro Eduardo Avancini. As detentas atuam voluntariamente e recebem o benefício da remição de pena, ou seja, a cada três dias de trabalho, um dia de pena é reduzido.
Para a gerente de Educação e Trabalho da Sejus, Regiane Kieper do Nascimento, a entrega do material produzido é um momento muito significativo para o projeto. "A ação é o momento em que as internas poderão sentir que estão, de fato, contribuindo para amenizar a dor de outras pessoas. Esse envolvimento entre a sociedade e internas é essencial para o processo de reinserção social delas", acrescentou a gerente.
Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Justiça
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