Polícia Penal avalia experiências de sucesso após intercâmbio internacional
A Polícia Penal do Espírito Santo (PPES) avalia experiências de sucesso apresentadas durante o Programa de Intercâmbio denominado International Visitor Leadership Program (IVLP), realizado no período de 12 de abril a 04 de maio, nos Estados Unidos. Durante 22 dias, a diretora-geral adjunta da instituição, Graciele Sonegheti, representou o Espírito Santo no encontro internacional. Ela foi a única policial penal brasileira a participar desta edição do intercâmbio.
A gestora, que passou por um processo de imersão na cultura norte-americana, explica que os trabalhos se concentraram em Washington DC, Cincinnati, San Diego e Orlando. “Examinamos as relações e o equilíbrio entre o combate ao crime e a proteção dos direitos do público, observamos as práticas de policiamento comunitário nas zonas rurais e urbanas, exploramos métodos para avaliar as necessidades de segurança de um público multifacetado e multicultural, além de como aumentar a segurança comunitária pelo planejamento, comunicação e utilização de voluntários”, explicou.
O Grupo de intercâmbio era composto por policiais de alguns estados do Brasil, sendo dois policiais militares dos estados de Minas Gerais e São Paulo, dois policiais civis dos estados do Rio de Janeiro e Maranhão, um Policial Rodoviário Federal do Mato Grosso do Sul, além da Polícia Penal do Espírito Santo, quando puderam observar as ações policiais e de liderança nas cidades visitadas.
Segundo Graciele foi possível conhecer o grande investimento em tecnologia, fato que diminui o tempo de resposta durante a ocorrência de crimes. “A tecnologia, além de facilitar a atuação do policial penal na manutenção da segurança, pode contribuir na prevenção de atos irregulares e ainda poupa energia para que as intervenções necessárias sejam precisas e rápidas”, disse a diretora.
Sistema Prisional
O grupo pôde visitar e conhecer a estrutura da unidade feminina em Orange County Corrections, que segue o modelo pan-óptico e permite a um único profissional observar todos os prisioneiros. “A unidade estava organizada, limpa, possui avaliação de classificação mensal de todas as presas, as visitas ocorrem apenas por vídeo. As internas também podem fazer ligações para os familiares”, contou.
A diretora observou uma rígida segurança na entrada da portaria que conta com aparelhos de RX, portais eletrônicos, câmeras e outros aparelhos que auxiliam o trabalho dos policiais para impedir a entrada de ilícitos. “É importante a reflexão com relação aos procedimentos de revista e segurança nas portarias das unidades do nosso Estado, e entendo que há necessidade de uma transformação cultural, pois, muitas vezes a recusa aos procedimentos de segurança básicos estão diretamente relacionados à função ocupada pelo visitante ou profissional que vai adentrar a unidade como se a revista fosse um excesso e pudesse ser dispensada, porém é um procedimento básico e necessário”, comentou.
Ações a serem implementadas
A diretora propõe algumas ações que podem ser implementadas e aprimoradas: como por exemplo: a aproximação da polícia penal com a comunidade. “Atualmente a Penitenciária Regional de Barra de São Francisco (PRBSF) tem o projeto: “Polícia Penal nas Escolas: suas escolhas definem seu futuro”, que se aproxima bastante com a atuação dos policiais nos EUA, que vão até à comunidade. Durante essa atuação, além de executar ações preventivas, há uma diminuição no distanciamento entre o policial penal e a sociedade civil”, disse.
Além disso, a Academia de Polícia Penal do Espírito Santo (ACADEPPEN) pode ser utilizada para diminuir esse distanciamento com a sociedade em geral, por meio de palestras e orientações. O secretário de Estado da Justiça, Rafael Pacheco, destaca que a troca de experiências possibilitada pelo intercâmbio vai auxiliar no desenvolvimento das atividades dos policiais penais.
“No intercâmbio é possível conhecer ações desenvolvidas por agências internacionais de vários países do mundo. É uma oportunidade para o compartilhamento de experiências e uma forma de estudar novas possibilidades a serem implementadas no sistema prisional capixaba e que contribuam com a nossa realidade”, disse.
Projeto “Maternar Lactantes Presas” é apresentado
Durante o Programa International Visitor Leadership Program (IVLP), a policial penal pôde apresentar o projeto “Maternar Lactantes Presas” desenvolvido no sistema prisional capixaba. O projeto, concebido pela servidora convidada e implantado em duas unidades prisionais femininas pela Secretaria da Justiça, motivou a participação da Polícia Penal do Espírito Santo no intercâmbio internacional. O convite partiu do Consulado-Geral dos Estados Unidos (EUA) no Rio de Janeiro.
O projeto é desenvolvido nos Centros Prisionais Femininos de Cariacica e de Cachoeiro de Itapemirim para receber internas lactantes e seus bebês, utilizando um modelo de gestão mais humanizado. Os espaços contam com berçário, quartos pintados com temas infantis, brinquedoteca, banheiros e outros equipamentos que criam um ambiente salubre e lúdico, propício ao desenvolvimento das crianças.
Enquanto estão no berçário materno-infantil, as internas mamães recebem acompanhamento psicossocial, que fomenta a relação díade mãe-bebê, além de outras ações específicas para dar condições ao desenvolvimento infantil das crianças que estão nos presídios.
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