13/11/2023 15h36
Projeto de unidade prisional promove a ressocialização pelo esporte
O Centro de Detenção Provisória de São Domingos do Norte (CDPSDN) tem promovido a ressocialização por meio do esporte, com o projeto “Vida em Movimento Promovendo Saúde e Bem-Estar nos Presídios”. A prática de atividades físicas como: futebol, vôlei, handebol e basquete, além de treinos funcionais, fazem parte da metodologia do projeto, implantado há um mês.
O diretor-adjunto da unidade prisional, João Baeta Júnior, explica que a iniciativa é realizada em parceria com a Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio (EEEFM) Escola São Domingos, que atende o CDPSDN com ensino regular na modalidade da Educação de Jovens e Adultos (EJA), juntamente com as equipes de saúde e psicossocial. As aulas ocorrem às sextas-feiras, durante duas horas em cada turno, pela manhã e à tarde.
“Os internos passam por uma avaliação individual de saúde e aptidão para a prática de atividades, realizando avaliações médicas e físicas para adaptar o programa às condições individuais. Começamos com atividades leves e avançamos conforme a aptidão física dos participantes. Contamos com instrutores habilitados, realizando um trabalho multidisciplinar. Tudo é feito de forma segura e adaptada”, explica João Baeta Júnior.
O interno L.P.S. cursa a 4ª etapa do Ensino Fundamental e passou a praticar vários esportes. “As aulas estão sendo muito boas para mim e para os demais internos. Já conhecia outros esportes além do futebol, mas nunca havia praticado. Jogo vôlei, handebol, basquete. Tenho me sentido muito bem e consigo dormir melhor à noite”, disse L.P.S.
A Lei de Execução Penal (LEP) prevê às pessoas privadas de liberdade a assistência à educação, trabalho, recreação e prática esportiva. O projeto busca, além de proporcionar bem-estar e saúde, promover um ambiente mais pacífico, com mais interação e melhora do relacionamento interpessoal dos internos.
“O objetivo final é a ressocialização. Ao incentivar o esporte, fomentamos a prevenção e a reabilitação de doenças e incorporamos valores morais e éticos no relacionamento interpessoal dos custodiados. Dessa forma, também promovemos novas perspectivas de vida e tornamos o sistema prisional mais humanizado”, pontua João Baeta Júnior.
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