09/12/2020 14h57

Sejus estreita diálogo com lideranças religiosas que prestam assistência espiritual em presídios

O Grupo de Trabalho Interconfessional do Sistema Prisional (Ginter), da Secretaria da Justiça (Sejus), realizou, na manhã desta quarta-feira (09), uma reunião com as Lideranças Religiosas do Estado.

 

Com o tema Proteção Socioreligiosa e Proteção Social — Direito e Caridade, o encontro virtual contou com a participação de cerca de 45 voluntários que prestam assistência espiritual aos internos, inspetores, diretores e servidores das unidades prisionais. Helen Carreiro, representante da Coordenação de Assistência Social, Jurídica e Religiosa do Departamento Penitenciário Nacional (Depen), representante da coordenação da assistência religiosa do Instituto de Atendimento Socioeducativo do Espírito Santo (Iases) e outros interessados na temática participaram do encontro on-line.

 

O secretário de Estado da Justiça, Luiz Carlos Cruz, lembrou que, no momento atual de tensão social, trabalhar associado à espiritualidade é uma forma de evitar momentos de polaridade e respeitar a dignidade da pessoa privada de liberdade.

 

“A condição de cárcere restringe um direito ao cidadão: o de ir e vir. Na Sejus, temos focado em iniciativas que preservem os direitos e promovam o tratamento humanizado à pessoa privada de liberdade, com oferta de trabalho e educação. A assistência religiosa vem somar forças às demais iniciativas. Esse encontro tem muito valor para nós. Os voluntários inovaram durante o ano, em meio à pandemia, para dar continuidade às atividades, e agregam muito no aspecto social também, com projetos como música e artesanato” destaca Cruz.

 

Para a coordenadora do Ginter, Maria Jovelina Debona, o encontro foi um sucesso. “Estamos empolgados com essa ação. A assistência religiosa continuou durante a pandemia, respeitando as orientações e diretrizes sanitárias. Esse encontro foi importante para avaliarmos o ano e refletirmos sobre a assistência espiritual e o cárcere. A palestra com o professor Edvaldo (Roberto de Oliveira) com certeza nos instigou, mas também ajudou renovar as forças dos voluntários. Seguimos com o nosso compromisso de trabalhar com as lideranças religiosas para ofertar assistência espiritual aos internos do sistema prisional”, enfatizou. 

 

O professor Edvaldo Roberto de Oliveira, mestre em Serviço Social, com forte atuação na área de política social, foi responsável pela palestra magna. Ele destacou a importância do diálogo intereligioso e da empatia. “Cuidar de um apenado é respeitar sua visão de mundo e seus valores. Por isso, a palavra que tem força é o diálogo. Ela cria aproximação, reciprocidade e troca. Eu afeto o outro e outro me afeta. Quando não me abro para a fala do outro, não me abro para o diálogo. A reciprocidade cria um espaço para troca de valores, crença e enriquecimento mútuo”, acrescentou Oliveira.

Sobre o Ginter

 

O Ginter funciona desde 2008 e, além de qualificar os voluntários que atuam nas unidades prisionais, também atua na ampliação da assistência espiritual oferecida nos presídios e articula os grupos religiosos cadastrados com a Direção das Unidades Prisionais.

 

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