22/05/2023 14h46 - Atualizado em 22/05/2023 15h25

Servidores da Sejus assistem à palestra sobre como identificar autismo na população prisional

Servidores penitenciários participaram, na última sexta-feira (19), da palestra “Autismo, entendendo para identificar”, promovida pela Escola Penitenciária do Espírito Santo (Epen). O objetivo foi capacitar as equipes operacionais, assistentes sociais e psicólogos para um melhor tratamento penal nas unidades prisionais. A palestra foi ministrada pela promotora de Justiça, Paula Pazolini, e pelo tenente-coronel da Polícia Militar do Espírito Santo (PMES), Giuliano Menegatti.

 

Comportamentos sensoriais incomuns, como se sentir incomodado com a luz, a textura do chão, o toque pessoal, a hipersensibilidade a sons, dificuldade de olhar nos olhos, dificuldade em reconhecer o estado emocional das pessoas, bem como o isolamento, a falta de interação social e de concentração em detalhes, além do apego às rotinas, são alguns dos sinais para a identificação do Transtorno do Espectro Autista (TEA).

 

A palestrante Paula Pasolini disse que o diagnóstico tardio do TEA no Brasil é ainda muito frequente, em especial, na população de vulnerabilidade social. “A capacitação dos policiais penais e do corpo técnico das unidades é de suma importância para que haja compreensão sobre o tema e as mais diversas reações que podem ocorrer durante a desregulação do adulto autista. Ao identificar sinais característicos no preso, é preciso que haja uma avaliação médica e isso evita abordagens inadequadas no sistema prisional”, explicou.

 

O tenente-coronel da PMES, Giuliano Menegatti, reforçou que, ao identificar os sinais, é possível minimizar crises e o uso progressivo da força no sistema prisional. “A palestra tem a proposta de mostrar aos servidores que, ao identificar os sinais do autismo, é possível evitar gatilhos e possíveis crises. Pessoas com o transtorno não irão obedecer a comandos, como sirenes, sinais sonoros muito graves, a gritos ou à força física. Ao ter um olhar diferente para o apenado com autismo, o corpo técnico da Secretaria da Justiça (Sejus) poderá aplicar o melhor tratamento penal a esse detento”, acrescentou.

O subsecretário de Estado de Ressocialização da Secretaria da Justiça, Marcelo Gouvêa, destacou que a palestra retrata a preocupação da Sejus em capacitar cada vez mais o corpo técnico para a oferta de um tratamento penal digno e humanizado à população prisional. “Além de sermos responsáveis pela custódia e segurança das unidades, somos também responsáveis pela ressocialização das pessoas privadas de liberdade e o olhar do servidor para esse assunto é de fundamental importância. A capacitação ofertada contribui muito para tornar nosso procedimento mais adequado a esse público”, completou.

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