Sistema prisional recebe doação de mais de 400 livros para estímulo à leitura
Mais de 400 obras bibliográficas escritas por autores capixabas, foram doadas ao sistema prisional capixaba pela Secretaria da Cultura (Secult) e a Biblioteca Pública do Estado do Espírito Santo (BPES). A assinatura do termo de doação foi realizada no Centro Prisional Feminino de Cariacica (CPFC), nessa quarta-feira (24). O evento foi realizado em conjunto com a Vara de Execuções Penais de Vila Velha. As obras irão compor o acervo da biblioteca da unidade prisional que conta com projetos de estímulo à leitura.
“Esse encontro marca o início de uma importante parceria com o sistema prisional e nossa Biblioteca Pública. A literatura auxiliando na ressocialização, na expansão de repertório e na remição de pena. São mais de 400 livros de autores capixabas, o que fortalece ainda mais a importância dessa parceria”, afirmou o secretário de Estado da Cultura, Fabricio Noronha.
A gerente de Bibliotecas Públicas da Secult e diretora da Biblioteca Pública do Espírito Santo (BPES), Marcelle Coelho Queiroz, explicou a ação. “O objetivo é estabelecer parcerias com a Secretaria da Justiça, levando assim conhecimento a todos, ou seja, nossos municípios e do nosso Estado. É um evento que simboliza a contribuição da obra literária em prol ao fomento da Cultura”, destacou.
A resolução Nº 391/21 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ) prevê o direito à remição de pena por meio da leitura de obras literárias, fazendo com que o livro seja um objeto de ressocialização. O subsecretário para Assuntos do Sistema Penal da Secretaria da Justiça (Sejus), Alessandro Ferreira de Souza, ressaltou a importância da leitura para a reinserção social.
“Quando falamos de cultura, falamos de transformação. Exemplos, como o de hoje, com a doação de livros para incentivo à leitura no sistema prisional, mostram a relevância de projetos que promovem a ressocialização e criam oportunidades. A parceria com o Poder Judiciário nessas iniciativas contribui, e muito, para o sucesso das ações. É, sem dúvida, uma grande contribuição que o Estado imprime como fator transformador, fazendo com que a população privada de liberdade tenha acesso à cultura e ao conhecimento”, pontuou Alessandro Ferreira.
A juíza da Vara de Execuções Penais de Vila Velha, Patricia Faroni, agradeceu a entrega realizada pela Secult e destacou a relevância do estímulo à leitura para a ressocialização. “O estímulo à leitura nos ajuda refletir sobre os processos de mudança em nossa vida, em novas perspectivas e sonhos e, é claro, na ressocialização. Cada ação realizada para os reeducandos, seja com a leitura, a música, o trabalho, estudo ou esporte, reflete como benefício para a sociedade. Não basta apenas o encarceramento. Procuramos desenvolver ações para que o indivíduo saia do sistema prisional em busca de uma nova vida, transformado para o exercício da cidadania e que minimize os riscos do que mais tememos que aconteça, que é a reincidência ao crime”, disse a juíza.
A interna Thyciana Eler de Souza Batista participa do projeto Remição pela Leitura, desenvolvido na unidade prisional. Para ela, os livros são uma verdadeira fonte de conhecimento. “Com a leitura pude aprender muita coisa. Aprendi a falar melhor e a me comunicar de forma diferente com as pessoas. Minha escrita está mais desenvolvida. A leitura nos ensina muita coisa”, frisou.
O evento contou com a apresentação de internos que fazem parte do projeto de música “Tocando em Frente”, desenvolvido pela Vara de Execuções Penais de Vila Velha, composto por detentos da Penitenciária Semiaberta de Vila Velha (PSVV) e Penitenciária Semiaberta de Cariacica (PSC).
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