16/12/2022 16h31

Unidade prisional promove desfile de moda com materiais sustentáveis

Um desfile composto de trajes criados com materiais sustentáveis foi promovido, nesta sexta-feira (16), pela Penitenciária de Segurança Média 2 (PSME2), unidade prisional exclusiva e de referência à população LGBTQIA+.  Com a concepção de transformar o lixo em luxo, internas e internos que participam do projeto Ateliê Arco Íris deram um show de criatividade ao apresentarem 24 ‘looks’ inspirados nas expressões e experiências vivenciadas por essa população.

Para a produção do desfile, materiais que seriam descartados, como lonas, tecidos, papéis, revistas, além de bolas de desodorante, botões e miçangas, foram transformados em roupas, bolsas, acessórios e adereços. A produção de 30 peças sustentáveis foi desenvolvida por dez custodiados, com trabalho feito à mão e na máquina de costura.
 

A diretora-adjunta da Penitenciária de Segurança Média 2, Inês Sunderhus, explicou que a ideia do projeto é despertar a possibilidade de transformação e mudança com qualquer espaço ou recurso. “Toda essa produção contempla a ideia da sustentabilidade e o uso consciente de materiais. Também consegue ir além, pois possibilita um encontro de cada reeducando e reeducanda com a sua capacidade criativa, já que o que seria descartado foi transformado em algo belo, diferente. Os recursos disponíveis possibilitaram novas transformações. Esse mesmo conceito serve também de inspiração para a vida em sociedade, em família e para o cumprimento da pena”, destacou.

Para a realização do projeto Ateliê Arco Íris, a unidade prisional conta com doações. O interno Fabio Junior Nunes da Silva, 44 anos, homem cisgênero, contou que atuar na produção das peças foi gratificante. “Vimos que é possível transformar o que seria descartado e jogado no meio ambiente em um desfile de moda e artesanatos. Pude colaborar com a coordenação do projeto e ver a união dos internos e internas, além da importância do nosso trabalho. Foi muito satisfatório saber que há talentos dentro da unidade”, disse.

 

Juliana Bastos Vieira, 31 anos, que é travesti, também atuou nas ações de criação e transformação. “Transformar algo para o futuro foi maravilhoso e vimos que a poluição no mundo pode ser amenizada. Colocar em prática nossas habilidades e criar o que não temos facilmente foi uma atividade muito interessante. Sabemos que nosso trabalho será visto por pessoas com um olhar mais crítico e isso é motivo de orgulho para nós”, comentou.

Informações à Imprensa: 

Assessoria de Comunicação da Sejus

Sandra Dalton / Flora Viguini

(27) 3636-5732 / 99933-8195 / 992417856

imprensa@sejus.es.gov.br

 

Tópicos:
Notícia
2015 / Desenvolvido pelo PRODEST utilizando o software livre Orchard